Olá leitores, tudo bem com vocês? Hoje falarei de um assunto bastante
comum em nossas escolas, trata-se do Transtorno do Déficit de Atenção /
Hiperatividade. Há três características principais do TDA/H: desatenção,
hiperatividade e impulsividade. Seu início é observado na infância e pode
ser causado por outros transtornos. Daí a necessidade de observação mais
aprofundada para que se obtenha um diagnóstico mais preciso e por um
profissional bem qualificado.
De acordo com o Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorder (DSMIV)
em sua 4ª edição, o TDA/H é dividido em três subtipos, classificados de acordo
com padrões comportamentais característicos para cada um deles. São eles:
subtipo predominantemente hiperativo-impulsivo; subtipo predominantemente
desatento e subtipo combinado (apresenta quadro de desatenção e
hiperatividade-impulsividade).
Quanto aos tratamentos para TDA/H, o farmacológico (psicoestimulantes ou
antidepressivos) é raramente usado antes dos seis anos de idade, por causa dos
riscos de efeitos colaterais. A terapia de integração sensorial, a psicoterapia, o
tratamento psicopedagógico e, quando possível, a terapia cognitivo-
comportamental, também é utilizada ou associada à medicação.
Além disso, é necessária a adequação do tipo do tratamento à época escolar.
Em qualquer abordagem terapêutica é importante à compreensão dos familiares
sobre o problema da criança e a participação dos mesmos e dos professores,
para que se obtenha resultado positivo diante dos sintomas. Embora a
musicoterapia ainda não seja reconhecida como forma de tratamento para
crianças com TDA/H, há alguns trabalhos desenvolvidos por músico terapeutas
no campo Ciência com crianças hiperativas. Estudos mostram resultados
favoráveis da música durante certas atividades escolares (Miller, 1986; Steele,
1987; Mills, 1996) e em crianças com TDA/H (Souza, 1995; Abikoff et al., 1996;
Jackson. 2003).
Mestres e educadores como Vila-Lobos (1937), Mário de Andrade (1937), J. C.
Ribas (1957), dentre outros, usaram a música como instrumento facilitador da
aprendizagem e estimulante da autoestima da criança e, também, no processo
de socialização. Por ser uma linguagem não verbal, a música facilita o
desenvolvimento das áreas afetivas, cognitivas e sociais. Crianças que não
prestam atenção ao que lhes está sendo ensinado não têm bom desempenho
escolar e, frequentemente, apresentam desajustes sociais. Diversos estudos
utilizam música com o objetivo de aumentar o desempenho das crianças nas
tarefas em sala de aula (Zimny & Weindenfeller, 1962; Stratton & Zalanowski,
1984). Artigo embasado no XVI Congresso da Associação Nacional de Pesquisa
e Pós-graduação em Música (ANPPOM) Brasília – 2006.
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